Muitas vezes as segundas chances não são percebidas logo que acontecem. Pelo menos assim, é na vida. Sempre vão existir amigos que não retornam telefonemas porque estão magoados ou preocupados demais com o próprio nariz para escutar alguém do passado. Às vezes, a segunda chance é para você mesmo, que pode até ficar triste, mas depois percebe que há gente que não deveria permanecer em sua vida, e não permaneceu, mas por algum motivo você ficou triste.
Papo #mimimi? Acredito que não. Com as canções, não há como não acontecer a segunda chance de cara, se ela realmente for para acontecer. Eu sou capaz de identificar quais as canções vão emplacar, em determinado álbum recém lançado, quando me permito escuta-los. Já ouvi dizer que canções que não fizeram sucesso em sua época de origem voltaram com tudo depois de relançadas por outras vozes.
Há músicas que são tão modificadas, e voltam com uma roupagem tão boa, que você acaba acreditando que não existe outra versão anterior. Elas ofuscam mesmo, como aconteceu comigo quando escutei It’s My Life, do No Doubt, com aquele clipe eletrizante. Não sabia que havia uma versão original, muito menos que era de uma banda chamada Talk Talk. Prefiro, mil vezes, a segunda versão, mas já ouvi controvérsias a respeito. Também com Avril Lavigne, com Íris, regravação do Goo Goo Dolls. Mas elas não entraram na lista, e logo você vai entender porque. E talvez nunca mais me perdoe pelas “blasfêmias sinceras” que pretendo proferir por aqui.
5) Crazy – Alanis Morissette
Ela já tinha feito isso com King Of Pain, a primeira música de trabalho de seu Unplugged MTV, que foi considerado por muitos o melhor cover de todos os tempos. E, muito tempo depois, My Humps, do Black Eyed Peas, para satirizar o machismo da letra e recebeu, de Fergie, que levou na esportiva, um bolo em formato de bumbum, com um carinhoso agradecimento. Mas, ainda assim, ficou abaixo da regravação da lista. Tudo bem, eu reconheço que a primeira versão, a do Seal, é muito boa. Mas Alanis é Alanis, e quando ela lançou o single em sua coletânea de hits, poucos acreditaram. Como regravar um sucesso irrepreensível, e dar a cara a tapa? Será que Alanis estaria ficando louca? “Nós nunca vamos sobreviver, a menos que… fiquemos loucos”. Se é assim…
“Ela vive em seu mundo elegante. Aposto que ela nunca teve um namorado m aposto que sua mãe nunca lhe disse o motivo. Vou tentar conquistar uma garota de luxo, ela vive em seu mundo selecionado. Assim como todo mundo tem seus desejos. Ela agora, anda procurando por um homem simples, é o que eu sou”. Como uma mulher pode estar presente na canção original e no cover? Muito simples. A supermodelo Christie Brinkley era namorada do cantor norte-americano Billy Joel, que compões e gravou para ela, a música em 1983. Depois, no clipe, mesmo sem ser ela, alguém parecidíssima – já que outra top model, Cláudia Schiffer, deu o ar da graça, em 2000 – pudera, 17 anos depois a mulher, agora casada com o cantor, pode estar um bagaço. Repare na entrada triunfal dela. O estilo é parecido com o do grupo Frankie Valli and the Four Seasons, de Big Girls Don’t Cry, destaque em uma das listas anteriores, e a boy band – sem dúvida a melhor de todas – deu uma renovada. A letra? Bem, é aquela do inicinho…
3) A Maçã – Deborah Blando
“Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade. Sofro mas eu vou te libertar. O que é que eu quero se eu te privo do que eu mais venero, que é a beleza de deitar?”. Muitas, inúmeras, infinitas vezes melhor que a do roqueiro Raul Seixas, e me desculpe o seu legado, é só o que penso. Deborah Blando, com seu ar de diva bissexta, aquelas que aparecem anos depois, e só quando querem, lançou esta canção em 1993 e foi alçada ao sucesso. Eu, então com 11 anos, era embalado pela música e foi a trilha de meu primeiro amor. A canção, também, era tema de Malu Mader em uma novela malsucedida na época. Déborah canta com tanta doçura, que eu não entendia o que realmente significava aquilo tudo: traição concedida, chumbo trocado. “Porque quem gosta de maçã irá gostar de todas, porque todas são iguais. Se eu te amo e tu me amas, e outra vem quando tu chamas, como poderei te condenar? Infinita é tua beleza, como podes ficar preso como um santo no altar?”.
Ela já tinha feito isso com King Of Pain, a primeira música de trabalho de seu Unplugged MTV, que foi considerado por muitos o melhor cover de todos os tempos. E, muito tempo depois, My Humps, do Black Eyed Peas, para satirizar o machismo da letra e recebeu, de Fergie, que levou na esportiva, um bolo em formato de bumbum, com um carinhoso agradecimento. Mas, ainda assim, ficou abaixo da regravação da lista. Tudo bem, eu reconheço que a primeira versão, a do Seal, é muito boa. Mas Alanis é Alanis, e quando ela lançou o single em sua coletânea de hits, poucos acreditaram. Como regravar um sucesso irrepreensível, e dar a cara a tapa? Será que Alanis estaria ficando louca? “Nós nunca vamos sobreviver, a menos que… fiquemos loucos”. Se é assim…
4) Uptown Girl - Westlife
3) A Maçã – Deborah Blando
“Amor só dura em liberdade, o ciúme é só vaidade. Sofro mas eu vou te libertar. O que é que eu quero se eu te privo do que eu mais venero, que é a beleza de deitar?”. Muitas, inúmeras, infinitas vezes melhor que a do roqueiro Raul Seixas, e me desculpe o seu legado, é só o que penso. Deborah Blando, com seu ar de diva bissexta, aquelas que aparecem anos depois, e só quando querem, lançou esta canção em 1993 e foi alçada ao sucesso. Eu, então com 11 anos, era embalado pela música e foi a trilha de meu primeiro amor. A canção, também, era tema de Malu Mader em uma novela malsucedida na época. Déborah canta com tanta doçura, que eu não entendia o que realmente significava aquilo tudo: traição concedida, chumbo trocado. “Porque quem gosta de maçã irá gostar de todas, porque todas são iguais. Se eu te amo e tu me amas, e outra vem quando tu chamas, como poderei te condenar? Infinita é tua beleza, como podes ficar preso como um santo no altar?”.
“Eu tinha de encontrar você aqui hoje, existem simplesmente tantas coisas a dizer. Por favor, não me interrompa até que eu termine, isto é algo que eu odeio fazer. Nós temos nos encontrado aqui durante tanto tempo. Eu creio que aquilo que fizemos estava errado. Por favor, querida, não chore, vamos apenas nos beijar e dizer adeus”…O que este grupo de um hit só fez foi passar um espanador na canção dos The Manhattans e fazer uma releitura daquelas boas. É uma das canções mais tristes que já escutei, e sempre arrepia. Do N-Phase só escutei essa música e acredito que já tenha terminado. Em Quatro Por Quatro, uma novela das 19h que foi ao ar no meio da década de 90, foi tema de Luana Piovani e Marcelo Faria, em seu melhor papel. Canções de despedida são sempre as melhores.
1) Somebody To Love – Glee
Oportuno colocar Glee no pódio após a estreia do primeiro episódio da primeira temporada e meia? Sim, bem oportuno. Mas não é isso. Glee, em algum momento, chegaria no pódio da lista. São grandes regravações, como Maybe This Time, I’ll Standy By You, Don’t Stop Believin e muitas outras. Podem ser comerciais, sim, mas que pop bom, não é? Apostam em sucessos, não gravam nada próprio? Sim, mas transformam canções. São vistos com desconfiança pelos antecedentes na memória coletiva, como RBD, High Scholl Musical, mas poderia ser pior. Aliás, eles são líderes de audiência e, ao tratar sobre o orgulho loser, a série mostra clips e músicas incríveis. “A cada manhã que eu me levanto, eu morro um pouco. Mal consigo permanecer em pé (Olhe para si mesmo). olho no espelho e choro. Senhor, o que está fazendo comigo, eu passei todos os meus anos acreditando em você, mas eu simplesmente não consigo nenhuma ajuda, Senhor! Alguém, (alguém) ooh alguém, (alguém)… Alguém pode me encontrar um alguém para amar?”… Muito melhor que a versão do Queen, que é bem parada. Por que? Ah, porque eu prefiro essa versão!
